domingo, 28 de outubro de 2007

Isto Tudo à Pala Daquele...

Estou a escrever estas palavrinhas imediatamente após o final do programa “Diz Que é Uma Espécie de Magazine”. Fi-lo de propósito e já vos explico porquê. De momento tenho a TV sintonizada no canal Eurosport e, pelo rabo do olho, estou a ver dois latagões a esmurrarem-se mutuamente. Bom, perguntem vocês qual é o interesse que tenho em partilhar com vocês o facto de estar a ver duas bestas a trocarem sopapos e eu prontamente vos respondo que não é nenhum…Ao contrário do facto de ter esperado pelo final do programa do Gato Fedorento para "postar" este post (hummm…que tentativa de trocadilho tão pouco conseguida…).

Porque é que o fiz, então? É que, há pouquíssimos dias atrás, o país teve a honra de receber a visita de Vossa Excelência o Digníssimo Presidente da Federação Russa, Sr. Vladimir Putin, e era mais que provável que os quatro magníficos (e digo isto sem qualquer ponta de ironia…a sério, digo mesmo…sim, é mesmo a sério…’tou a falar a sério, pah! Apre!!!) resolvessem construir uma piadola com este acontecimento. E, bem dito e melhor feito, lá estava ela (a piadola…) quase a abrir o programa. Acontece que, durante a visita de Vossa Excelência o Digníssimo Presidente da Federação Russa, Sr. Vladimir Putin ao nosso país, eu próprio lembrei-me de uma piadola que, modéstia à parte, considerei de Gato Fedorento caliber…e quis esperar pela prestação dos mestres para saber se corria o risco de por neste magnífico blog, uma laracha já aplicada…Acima de tudo queria evitar que acusassem RAP & Cia fossem acusados de plágio…Não que seja um demérito usar ideias deste pote de vacuidade que são estes chouriços mas, pelo sim pelo não, não os quis sujeitar a este desiderato…
E calma, calma…já sei que devem estar aí a arder de curiosidade para conhecer qual é a chalaça que motiva todo este imbróglio. Já lá vamos…Concerteza que repararam, ou pelo menos ouviram falar, na exuberante operação de segurança montada em redor de Vossa Excelência o Digníssimo Presidente da Federação Russa, Sr. Vladimir Putin…Pessoalmente, acho que esse folclore foi apenas uma manobra de diversão...É que fontes não confirmadas sopraram-me ao ouvido que, estes dias, também andou por Lisboa Vossa Excelência o Digníssimo Ex-Presidente da Junta de Freguesia de Rans, o calceteiro Tino…E que era impensável correr o risco de haver um téte-a-téte entre este indivíduo e o actual Secretário-Geral do PS, e actual Primeiro-Ministro, Vossa Excelência….etc-e-tal…pronto, o Sócrates…Quer dizer, o Socras até tem mais pinta de desportista que o António Guterres mas seria de todo desagradável, à frente de Vossa Excelência….irra, do Putin, assistir a trocas de efusivas palmadas nas costas e de “porreiros, pá” entre estas duas entidades…Daí toda este estendal de polícia, GOE, GNR e outros que tais…A culpa é do Tino, não me venham cá com tentativas de varrer o pó para debaixo do tapete e largar a culpa em cima dos russos que, pobrezinhos, até já muito fizeram pela sociedade (e pela construção civil…) portuguesa…
Mas, seja como for, a presença de Vossa Excelência o Digníssi…do Putin (e do Tino de Rans, não esqueçamos o Tino de Rans!!) gerou uma gigantesca confusão de dois dias no já de si caótico trânsito lisboeta…E a quem é que o cidadão automobilizado atribuía a culpa? A Vossa Excelên…ao Putin (isto, quase que aposto…devido ao total desconhecimento da presença do Tino de Rans pela capital e das potenciais implicações a isso associadas…)…
Ao que parece, e preparem-se que agora é que vem aí a piada…mas preparem-se mesmo porque é uma piada e tanto...Preparadinhos, hein!? Ao que parece, dizia eu, o que os indivíduos automobilizados e engarrafados rilhavam entre dentes era…”isto tudo à pala daquele filho da Putin!!!”…
Genial, hein!? Genial a roçar o sublime, diria mais…
Ou não, ou não…

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Uma Questão de Higiene...

É sempre assim…Montes de tempo sem ter absolutamente nada de interessante para escrever e não se escreve…e depois, chovem posts absolutamente desinteressantes também…A diferença e que se escrevem e ainda vão havendo pessoas que têm a benevolência de ler e, acima disso, de deixar simpáticos comentários. Muito obrigado por quase me fazerem sentir um escritor entre aspas ou, quanto muito, alguém com ideias de jeito…Enquanto andar iludido ando feliz…
Bom, mas é precisamente por este blog estar a ter mais sucesso e leitores que eu alguma vez imaginei que resolvi lavar-lhe a cara e as axilas…E por inveja também. Ok, ok…confesso que foi mais por inveja do que pelo “sucesso”…Mas eu sou humano, caramba! Eu bem via os blogues das outras pessoas, cheios de arabescos e coisas espectaculares enquanto que o meu, coitadinho, lá andava tipo Fiat 600 sem revisão feita no meio de Ferraris e Lamborghinis…Era fotos nas barras laterais, vídeos, cores originais, sondagens, enfim…uma enorme panóplia de variedades que me faziam pensar que estava a perder qualidades enquanto génio da computação que sei que sou…
Eis senão quando, reparo na possibilidade de actualizar o modelo e, com meia dúzia de cliques, transformar o meu obsoleto blog, numa página super-moderna e atraente…Não consegui torná-lo atraente e super-moderno…mas ao menos já sei como lançar sondagens…agora só falta saber do quê…
Ah! E ainda me sinto um génio da computação! E um bi-génio dos blogues…Agora mais do que nunca…

(Sim, é mais ou menos assim que fico quando o computador parece ter vontade própria, ou seja, quase sempre...)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Mistééérios...

Há muita coisa neste mundo que eu não entendo…Muita mesmo. E nem vou tentar debruçar-me sobre as guerras e o sofrimento desmesurado que grassam por esse mundo fora…Essas discussões deixo-as para as pessoas cultas, sábias e, enfim, importantes e não para criaturas como eu que passam os dias a pensar qual a melhor maneira de não meter a pata na poça…Por isso, a reflexão que quero aqui partilhar diz respeito a uma coisa bem menos fundamental que o estado de coisas neste nosso planetazinho…


Muito recentemente aconteceu-me uma coisa na qual eu não quis acreditar. E, quando pensava que tinha sido obra do acaso e que dificilmente voltaria a acontecer…voilá! Eis que acontece novamente…Mas, antes de passar a descrever o que realmente sucedeu, queria explicar a disposição arquitectónica do convés-lavabo da Caravela 7…Não mudem já de página e não se preocupem…não pretendo fazer nenhuma descrição maçuda (quiçá, a la Eça de Queirós…) e vão ver como vai ser relevante lá mais para a frente…

Então, o convés-lavabo da Caravela 7 é um cubículo com, mais coisa menos coisa, 2 metros quadrados. Fica situado, como o resto da Caravela, num 2º andar e, numa das paredes tem uma janela e na oposta encontra-se a porta cuja extremidade inferior dista praí uns 10 cms do chão. Ou seja, é uma daquelas portas (que fecha, obviamente, por dentro) por onde se podem ver os pés do utente do convés-lavabo assim haja paciência e coragem da intrépida pessoa em colocar-se naquela posição que ganhou a eternidade como “aquela posição em que a Alemanha perdeu a guerra”…Tudo isto para além, é claro, daquelas loiças que frequentemente se encontram num vulgar convés-lavabo…

Bom, por esta altura já todos vocês devem estar a bater o pé nervosamente e a pensar “Mas que raio aconteceu afinal!?”. Pois bem, podem sossegar com o pezinho que estou prestes a partilhar o tal fenómeno que escapa à minha compreensão…

Certo dia, estava eu a meio de mais uma missão matinal na Caravela 7 quando sou violentamente acometido por uma maleita à qual se dá o nome de cólica e que provoca uma coisa que é conhecida como uma grande vontade de evacuar…Inteligente como gosto de pensar que sou, dirigi-me ao convés-lavabo afim de dar a carta de alforria ao meu atormentado intestino. A meio dessa importante tarefa, a que a sociedade resolveu epitetar de “obrar”, oiço uns passos do lado de fora da porta do convés-lavabo imediatamente antes de sentir alguém a tentar abrir a porta…É claro que, estando trancada, não é qualquer um que a abre e, na minha ingenuidade, pensei que a pessoa iria esperar pacatamente a sua vez…
Enganei-me redondamente…porque depois de mais uns vigorosos empurrões à porta (como se empurrar uma vez não fosse suficiente para perceber que estava trancada…e já nem falo na palavra “ocupado” escrita na fechadura do lado de fora….) sou abordado com um….

- Está alguém!?, proferido alto e bom som….

Fiquei calado porque acho-me no direito de manter o anonimato quando me encontro em tão íntima actividade mas….

- Quem está aí!?, alto e bom som e sublinhado com outra tentativa de arrombamento da porta…

- Sou eu… – respondi timidamente à arruaceira da qual a porta me protegia…

Curioso é que esta resposta foi satisfatória e, deste ponto, emergem duas questões intrigantes…Primeira, qual foi o destino dado a esta informação? Será que andam por aí a cochichar “ihhhh, pá…o em-fumeiro também caga…”!?

Por outro lado, não percebo qual o interesse em saber a identidade de quem está a obrar…Quer dizer, empurrar a porta uma vez ainda vá…é mais do que suficiente para perceber que alguém está a utilizar o convés-lavabo…agora perguntar quem é!? What’s the fuckin’ point!?! E perguntar duas vezes!?!?! Porquê!? Para quê!?

Lembram-se da descrição do espaço físico do convés-lavabo? Se sim, decerto concordarão que, se a porta está fechada do lado de dentro e ninguém responde podem colocar-se 3 cenários…ou o utente do espaço estava cansado de viver e jogou-se do 2º andar…ou era anoréctico e fechou a porta por dentro antes de se escapulir plos tais 10 cms (o que o tornaria, além de anoréctico, bastante idiota…)….ou teve uma reacção vagal de qualquer espécie a tentar expulsar o Sr. Castanho das suas entranhas e jaz inconsciente (e, portanto, incapaz de responder) no chão do exíguo espaço…Tudo bastante improvável, como vêem…Ou, esperem, esperem, que estou a ter uma ideia brilhante…Se calhar a porta está fechada pelo lado de dentro porque está lá alguém a defecar e não quer responder! Se calhar é mesmo isso!!


Espero que este textozinho chegue a quem faz, fez ou pensa vir a fazer esta bisbilhoteira actividade de perguntar a identidade de quem está do lado de lá de portas de convés-lavabos trancados…Para o bem de todos os que obram e, especialmente, para o meu bem (que também obro)…

E, por amor ao senhor do sótão, não insistam em empurrar as portas quando está mais que percebido que estão trancadas….Do outro lado não está o Santo Graal nem a chave vencedora do €milhões….É apenas uma pessoa a cagar…

Agradecido…

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Insensibilidade e Pouco Bom Senso

De volta depois de um grande interregno, cá estamos para partilhar uma das últimas estupidezes que têm pontuado o meu irritantemente vulgar dia-a-dia…Pois é…isto de escrever um post de 2 em 2 meses até tem as suas vantagens. É que o dramalhão que era arranjar conversa para fazer a introdução que-não-tem-absolutamente-nada-haver com o resto do paleio deixa de ser drama. Porque acabo por começar sempre da mesma forma, fazendo referência (ui…”fazendo referência”…isto ainda são influências dos briefings…até já estou a sentir mioclonias na pálpebra superior esquerda só de pensar nisso…) ao tempo que passo sem escrever aqui…

Bom, mas agora que já introduzi o tema deste post (mesmo que a introdução não tenha qualquer relação com o que vou falar a seguir…) posso passar ao episódio propriamente dito que, penso eu, é revelador do sobejamente conhecido (pelo menos para mim….) talento que tenho em questões de sensibilidade em relação aos sentimentos das outras pessoas…Até me considero uma pessoa bastante calma, pacata…enfim, um tipo low profile…No entanto, há vezes em que não me tenho em mim e falo um pouco mais do que o habitual. Até aí nada de errado se, de algumas vezes em que isso acontece (ou muitas vezes, melhor dizendo…), não dissesse as imbecilidades que acabo por dizer…
Mas vamos aos factos…aqui há uns tempos estava a polir uns artefactos no convés 1 da Caravela 7 com a ajuda de uma elemento da Força Aérea…A essa pessoa vamos, por conveniência, chamar Lídia (até porque é mesmo esse o seu nome…) e, até chegar à idade que ela tem actualmente, terei que viver mais 15 anos…Este facto é relevante apenas porque, a meio do polimento do artefacto poisado na prateleira 3, dirigi-me à Lídia chamando-lhe “Dona Lídia”…No primeiro instante não me apercebi do sacrilégio que acabara de cometer e continuei, obnubiladamente, a fazer o que estava a fazer…Porém, este estado semi-impreganado durou apenas 1.78357 segundos, que foi o tempo suficiente para escutar um indignado “DONA LÍDIA!?!?!” proveniente das entranhas da Dona Lí…quero dizer, da Lídia…

Com tamanho murro o estômago era impossível continuar a dormir em pé e imediatamente percebi a atrocidade que tinha acabado de dizer…Emiti, então, um grunhido nervoso (que benevolentemente pode ser confundido com uma qualquer espécie de riso tipo não-era-bem-isto-o-que-queria-dizer…) e melhorei consideravelmente a minha reputação junto da Dona Líd…oops, da Lídia, ao dizer…

- Errr….oh, desculpe lá, Lídia…não foi por mal…é que a diferença de idades, ‘tá a ver…

Escusado será dizer que, bem lá no fundinho, não contribui muito para que a Dona…bolas!, para que a Lídia passasse a gostar um bocadinho mais de mim…

Mas acabou por não ser assim tão mau, caros(as) e retornados(as) leitores(as)…fiquem descansados que, ao fim de uma semana já me dava os bons dias outra vez…