sexta-feira, 27 de julho de 2007

Não Sou...Não SOOU...Não Sou...Não SOOU...Benfiiicaa!!

Há algum tempo que este assunto me perturbava…Epah, mas hoje foi a gota de água. Não aguento mais e tenho mesmo que falar sobre isto com alguém. É que hoje, no jornal Record, vinha a seguinte notícia estampada no frontespício…


Pois é…ainda se a notícia fosse isolada, sem antecedentes, nada de especialmente anormal me suscitaria. Porém, não acham estranho o glorioso SLB, glorioso contratar um jogador chamado Maria!?! Para a equipa de futebol masculina!?! Se calhar, vendo bem as coisas, nem é assim tão estranho…É que antes deste Maria, o glorioso SLB, glorioso tinha contratado outro jogador chamado Butt (é preciso traduzir!?!)…


...e antes já lá estava um com o fofinho nome de Petit…

...E ainda outro, carinhosamente apelidado de Miguelito…

...E antes que puxem do nome Jorginho (membro do melhor plantel do melhor clube de Portugal…) quero só dizer que, quem se chama Jorginho, pode muito bem também ser Jorjão…Porque fica bem! Já o mesmo não se pode dizer de Miguelão, que nem para nome de actor porno serviria…

Por outro lado, se olharmos bem para o símbolo do glorioso SLB, glorioso, que forma geométrica vos sugere as extremidades da águia Vitória e a quilha do escudo?? Não posso falar por mais ninguém mas, cá para mim, é um triângulo…Oh! E é um triângulo invertido…Hummm…E o que é aquilo atrás do escudo?? Ah, pois é! É uma roda de bicicleta. Que será o logótipo de que desporto?!? Hã!? Hã!? Eu ajudo…começa por C…e acaba em…acaba em…Iclismo…é isso mesmo…um dos símbolos mais plausíveis para o ciclismo poderá perfeitamente ser a roda de bicicleta…Sim, eu também estou de acordo com isso…Mas o ciclismo não é aquela modalidade em que um molhão de “gajos” veste de licra e passa horas de rabo para o ar (thankx café-central.blogspot.com)!?! E o que é que isso tem haver com o facto de o glorioso SLB glorioso contar nas suas fileiras com um Maria, um Butt, um Petit e um Miguelito!?! Hummm….não sei se sei…

Mas admito que me perturba um bocado o facto de o glorioso SLB glorioso equipar de cor-de-rosinha na próxima época. E também me perturba o facto de o José Castelo Branco ser do glorioso SLB glorioso. E por esse facto formar uma incomodativa ponte com outro facto intrigante que é o de existir um clube chamado Benfica de Castelo Branco…
Não sei se estão a pensar que isto tudo junto é capaz de levantar algumas dúvidas…Palpita-me é que, depois da gala das 7 Maravilhas do Mundo, a bancada Coca-Cola é bem capaz de servir de assento a quem queira assistir ao próximo evento Gay Pride…

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Turistas!? Aqui!?!

Hoje pensei em abrir aqui, neste blog de qualidade acima da média, o capítulo dos sonhos. Mas não…vou deixar isso para depois até porque os dois sonhos mais recentes relacionam-se com a minha actividade profissional enquanto marinheiro da Caravela 7. E, apesar da benesse que me foi dada pela duas colegas marinheiras a que aludi (sim…eu sei que tenho um léxico riquíssimo, obrigado…) em posts anteriores, continuo um bocadinho pelos cabelos com as missões náuticas e com os briefings no navio-escola…Como tal, acho que deixo as temáticas oníricas (vocabulário exuberantemente vistoso, mais uma vez….lá está…eu disse) para outra ocasião e vou falar sobre uma curiosa interacção que tive ontem com uma turista que me abordou em inglês…Acho que pela maneira de falar, e coincidência das coincidências, era mesmo inglesa. O que até bate certo…uma inglesa a falar inglês é uma coisa natural…
Bom, mas lá vinha eu no boiador de regresso a casa depois de mais uma missão nocturna na Caravela 7 (e prometo a mim mesmo que é a última vez que falo em trabalho neste post…) e, depois de quase vinte minutos da melhor imitação "Jardeliana" da Margem Sul, sou abordado por uma senhora de meia-idade que me pergunta:

- “Do you speak english?”

Ao que, em bom português, respondo com um entaramelado:

- “Sim, i speak”…

Não sei se ela percebeu a totalidade da frase ou se resolveu continuar a estimular o meu lentificado cérebro pelo aceno positivo que fiz mas, meio titubeante, lá lhe consegui explicar onde é que ficava a estação de toupeiras de superfície do Barreiro.

Pensava eu que a conversa tinha acabado quando, no meio da pequena multidão que abandonava o boiador, sinto uma presença loira a violar aquela subliminar distância de segurança e uma voz de meia-idade, num tom inquiridor:

- “Can you show me where it is, please?”

Ao que, uma vez que os comboios já estavam à vista, limitei-me a apontar e a fazer uma expressão (pensava eu….) simpática e do género “é ali, ‘tás a ver…eu disse-te q era pertinho”…
Nessa altura ela sai-se com um:

- “Oh! I see…Obrrigáda!”

Que acompanhou com um indolente piscar de olho e com um muito pouco feminino estalido proveniente das entranhas da sua cavidade oral. E acho que foi essencialmente isso (e o “Obrrigáda!”…) que me perturbou ao ponto de ter respondido com um clarissímo:

- “Oh! De naduélcome…”

Enquanto que aquelas carnes axilares sobrantes começaram a abanicar ao ritmo de uma corridinha que encetou rumo à estação que lhe “indiquei”…
Enterrei os olhos na calçada e comecei a repensar na “riqueza” do meu léxico…
E naquele piscar de olho…
E no estalido…
E no facto de haver turistas no Barreiro…

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Podia Ser Rico...Se Tivesse Começado Mais Cedo...

Ultimamente tenho andado muito cansado…Estou um homem acabado, como já ouvi dizerem na minha direcção…Acabado não estarei, mas às vezes sinto que não ando muito longe desse desiderato. E, meus amigos, fiquem descansados que não ando com ideações suicidas, nada disso, apesar de ainda continuar a frequentar a tal formação de suicídio assistido que, por conveniência (e, certamente, para não dar muito nas vistas…), resolveram chamar de Pós-Graduação…

Esta conversa toda a propósito de andar muito cansado, assim a atirar para o palidote e, segundo me disseram, com muito mau aspecto (se bem que a este argumento não pode ser muito valorizado…porque, caso contrário, andava sempre a precisar de descanso…). Por tudo isto, duas colegas marinheiras tiveram a bondade de me subtrair duas missões entre hoje e amanhã de modo a poder ficar no bunker a repousar para readquirir umas corzinhas e, seguramente em vão, ficar com menos mau aspecto...
Digamos que comecei muito bem e, hoje, só me levantei do beliche às 12h30, coisa que já não fazia há…hummm…ora, deixa cá ver…hummm…noves fora….hummm…não me lembro…Mal me levantei, tratei logo de ir ouvir a minha mais recente aquisição sonora. Nada mais que uma espectacular caixa com 3 concertos da melhor banda do mundo, que está nas minhas mãos desde ontem…Ontem, dia em que senti necessidade de me mimar (sim, porque se o gajedo vai em busca – ou, pelo menos, diz que vai – de roupa, eu vou em busca de música e afins) e saí da toupeira mais cedo para fazer um desvio ali para os lados da Avenida da Liberdade. Comprei o que tinha a comprar e lá vim avenida fora, com os olhos pregados na caixa e na lista de 100 – sim, 100!!! – músicas que ainda não desfrutei completamente…
Quando cheguei à Rua Augusta, fui obrigado a recolocar os olhos no caminho…Não sei se estamos na época de saldos, ou se estamos no Natal, mas há muito que não via uma tão grande chusma de gente por ali…E, quando não há mais nada em que pensar, em que é que se pensa?? Certamente que, das 100987 pessoas que vão ler este post, obteríamos 100987 respostas diferentes mas eu comecei a pensar nas origens do Cristiano Ronaldo…Pois é…qual olhar para as nórdicas cor-de-magenta, loiras e de olhos azuis e cheiro a hidratante…Para quê? Para o ano tão cá todas batidas outra vez!!
Agora, pensar nas origens do Cristiano Ronaldo é que é uma coisa inadiável…principalmente quando me apercebo das fintas de corpo que tive que inventar de modo a lubibriar as tais nórdicas e os respectivos acompanhantes (igualmente cor-de-magenta e cada um com, no mínimo, mais um palmo e meio de altura que eu…) que, ou andavam de nariz enfiado num mapa ou com o mesmo apontado às janelas dos primeiros andares…Então, querem enganar-nos a todos e insistem em que o Ronaldo nasceu e cresceu na Madeira?? Hummm…cheira-me a esturro. Quer-me cá parecer é que o nosso ex-líbris, até ir para o Sporting, andou a palmar umas carteiras na Rua Augusta enquanto treinava a ginga de corpo para evitar os transeuntes e os senhores PSP’s…O que ele faz agora por esses relvados andei eu a fazer ontem, se bem que sem a bola…O que me faz pensar que, se eu tivesse começado mais cedo, podia agora andar por aí nas bocas do mundo, como uma dos maiores engatatões…cof, cof…quero dizer, futebolistas, do planeta…

A finta de corpo já estaria treinada…só ficava a falta a bola…mas isso é só um pequeno detalhe…

sábado, 14 de julho de 2007

Aquela coisa, pah...A Primeira Impressão


É de noite…na Caravela / não se ouve mais que o eco das máquinas, aqueles sons que só se ouvem às 4h45 de la matin, quando não há mais nada para ouvir…E eu estou aqui, feito paspalho, em frente a um computador a pensar numa coisa que não me tem saído da cabeça nos últimos dias…Não, não estou a falar das eleições para a CML, se bem que esses senhores(as) bem que poderiam parar um pouco e pensar na tal coisa que insiste em não deixar o meu córtex sossegadinho…

Bem, sem mais rodeios…é aquele conceito de “primeira impressão” o que me tem tirado o sono…Aquela coisa que toda a gente diz que é decisivo para formar uma ideia duradoura acerca de algo ou alguém…aquela coisa que define a nossa atitude e que exige movimentação de montanhas para que seja alterado…E porque é que tenho pensado muito nisto, perguntam vocês, saudosos(as) leitores(as)?? Já perguntaram? Se assim é, então terei todo o gosto em responder…É porque, depois de muita saliva engolir e depois de muito gaguejar, consegui arranjar um date com uma pessoa muito especial (se bem que essa pessoa muito especial ia a esse evento porque não tinha mais ninguém com quem almoçar…só por isso…).
Posto isto, se era realmente um date e se a pessoa é muito especial, o que é que se pode querer? Causar boa impressão, claro!!! E parte importante dessa boa impressão é uma boa primeira impressão!! Ora eu, empenhadíssimo nesta tarefa combinei um idílico almoço numa esplanada à beira-mar, às 13h30 (atenção a este pormenor, decisivo lá mais para a frente…) de um belo dia de fim-de-semana de Verão, com o Sol a brilhar, o mar como pano de fundo, os sumos de fruta natural bem fresquinhos, enfim…todos aqueles ingredientes necessários a um ambiente agradável para quê, para quê?? Para causar uma boa primeira impressão, pois claro…

Fiz, então, a barba, fiz as minhas flexões de braços e os meus abdominais e vesti uma roupa fashion (ou fashion na minha opinião…o que, se calhar, ainda faz uma diferençazinha…) para quê, para quê?? Isso mesmo, para causar uma boa primeira impressão…

O pior foi quando me meti no carro e rasguei a atmosfera até à tal esplanada à beira-mar onde cheguei às 14h10 o que significa que deixei a pessoa muito especial à torreira cerca de 40 minutos, à minha espera…Isto com o intuito de quê? De quê? De causar uma boa primeira impressão…

Ainda pior foi quando, numa tentativa desesperada de poupar 5-10 minutos de penosa ausência, tentei compensar a pessoa muito especial com um enérgico jogging que fez com que a saudasse com aquele aspecto saudável de quem acabou de tomar uma banhoca…E para quê, para quê?? Para causar uma boa primeira impressão, ora pois…
Ahhh…como é doce a sensação de quem está lançado…

sábado, 7 de julho de 2007

Untitled

Este blog não vai mudar de indumentária...Por aqui vão continuar a encontrar (brevemente, com maior frequência...) algumas das maiores idiotices que possam imaginar...Mas estive a falar com o em-fumeiro e ele cedeu-me este bocadinho para que eu, também só por um bocainho, possa falar...
Obrigado, em-fumeiro!!! És o maior! Gostava de ser como tu mas, como isso ninguém consegue...limito-me a tentar...:).
E digo coisas destas....
"Não sei se algum dia chegarás a ler estas palavras….Talvez sim, porque mais tarde ou mais cedo, acabarei por empurrar-te até aqui. Porque é isso que desejo que saibas…mesmo que ainda não saiba o que escrever, sei o que quero traduzir desta língua estrangeira que falo e que pareces não conseguir/querer entender…

Pensei em escrever-te uma carta. Um pequeno manuscrito que passaria apenas pelas minhas e depois pelas tuas mãos. Mas ninguém lê a minha letra, não é verdade? E a caneta arde nos meus dedos e deixa um rasto flamejante que pode queimar as tuas mãos…E as tuas mãos não existem para ferir mas sim para ser tomadas noutras mãos…mãos que as segurem, que as apertem e acariciem e que te ajudem a trilhar a vontade…A tua vontade e a vontade que gostaria que fosse a minha…

Podia perder uma vida a descrever a acção das frentes frias e quentes que convergiram para originar a brisa subtil por onde tudo começou…Mas não o vou fazer porque a brisa, porque é brisa, é apenas uma meiguice agradável, um abraço que chega e parte sem que se dê por ele, sem que haja tempo de construir afeições…Pior (ou melhor??) é quando ela se torna num vendaval e é no meio dessa tempestade que me tenho aguentado.

Cheguei a perguntar por aí se alguém teria o número de telefone do JC porque tenho muitas dúvidas e pensei que ele fosse a pessoa indicada para me ajudar…Mas, apesar de toda gente conseguir falar com ele (excepto eu…), a partir de certa altura preferi virar-me para ti. Mas tu, não só não amainaste o tempo, como ainda me fechaste o guarda-chuva. E começou a doer-me a cabeça, o corpo e a alma. Durmo pouco e cada vez menos, espero por uma palavra tua que, ao chegar, é um bálsamo, ainda que seja para me insultar naquele jeito desembestado mas adoravelmente delicioso. Não que goste de ser maltratado mas já não sei se esta maleita será uma simples gripe ou algo que não vem nos livros de Medicina …Quer dizer, eu acho que sei….mas tu lês demais e esta minha enfermidade não compreendes, ou fazes por não compreender…

E, entretanto, vou sonhando…Sonhando com o dia de amanhã…com brisas tempestuosas, com grãos de areia a escaldar debaixo dos pés, com o canto do mar em pano de fundo, com a comida a arrefecer no prato e as palavras em hora de ponta que nunca mais se escoam…
Mas, és tu que dizes que pouco importa pensar e que o mais importante é sentir…

E eu acrescento que prefiro arrepender-me de algo que faça, do que de algo que nunca cheguei a fazer…

Porquê privar-me do que há de mais belo?"
J.