Nham, nham....Costoletas...

O post de hoje tem a haver com comida…É caso para gritar, a plenos pulmões, “ATÉ QUE ENFIM, PAH!!”…e porquê? Bom, talvez porque este blog esteja, directa e indirectamente, cheio de referências ao tema…A começar p’lo layout em tons de verde (que nos remete para alfaces e pepinos), passando p’lo nome do blog e p’lo texto introdutório do mesmo (onde, caso nunca tenham reparado, se compara magistralmente o método de obtenção de um chouriço – coisa, note-se, nunca testemunhada por quem escreve estas linhas – e a elaboração de um conjunto de textos…) e acabando no próprio autor que, quem o conhece, sabe que se encontra firmemente ligado ao verbo comer (podendo acrescentar-se o comparativo “que nem um boi” de modo a ilustrar convenientemente a besta).

Tenho passado estes dias numa aldeola perdida no litoral português, numa unidade hoteleira que permitiu o cumprimento de um sonho bastante antigo…Neste alojamento existe um refeitório, com uma ementa pré-estabelecida. Hoje, tendo a oportunidade de experimentar um cozinhado inovador e que há muito procurava, não hesitei em jantar por aqui e tentar perceber o que são, como são e a que sabem, passo a citar, “Costoletas de Porco”…sim, isso mesmo, “Costoletas de Porco”…Já não é a primeira vez que vejo anunciada por aí esta opção mas sempre tive curiosidade em descobrir qual a parte anatómica do porco que nos proporciona “Costoletas”…Hoje, finalmente, descobri e estou pronto a partilhar com o mundo (ou com quem ler este post, o que é quase a mesma coisa…) que as “Costoletas de Porco” são aquela porção de carne que, neste caso os porcos, têm junto das “costolas”…E fiquei desiludido…Fiquei desiludido porque é óbvio e, provavelmente, é por isso que ninguém mais andava preocupado com isso senão eu…Parece que toda a gente sabe que a “Costoleta” deriva da palavra “costola”, um de vários ossos que existem na porção média de um porco (e de outros mamíferos que possuam “costolas”…).

Mas consola-me saber que não sou o titular do prémio do episódio mais idiota ocorrido nesta aldeola à beira oceano…Um amigo de um amigo de um amigo de um amigo meu passou por cá há uns tempos e quis tomar o pequeno-almoço no café da rotunda, aquele da velha desdentada…E, ao que parece, ocorreu o seguinte diálogo:

Velha desdentada – Atão? Qué que vai sêri?

Amigo de um amigo de um amigo de um amigo meu – Pode ser isto aqui (e, p’la vitrine, aponta para uma sandes cujo recheio era um composto acastanhado, não totalmente distinto…)

Velha desdentada (arqueando as sobrancelhas) – Marmelada? Quéri?

Amigo de um amigo de um amigo de um amigo meu – Ora e quem é que não quer, não é?

Pois é…marmelada, quem não quer…nessas condições, então, acho que só um louco diria não…Só tenho dificuldades em imaginar diálogo mais despropositado…não sei, só se for a Filipa Vacondeus a tentar convencer o Gandhi a provar “Costoletas de Novilho”…