E pronto, lá se passou mais um 14 de Fevereiro, Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim…Para o bem e para o mal, lá vai ele mas fica a promessa de, para o ano que vem, haver mais…
Mas, quem foi este tal Valentim e por que raio se decidiram associá-lo aos dia dos “melos”, errr..quer dizer, Dia dos Namorados…Bom, após aturadíssima investigação, parece que esse tal Valentim foi um padre que celebrava casamentos contrariando as ordens do Imperador Cláudio II, o manda-chuva da altura…O Cláudio queria conquistar este mundo e o outro (não devia ter mais nada com que se preocupar…) e, para tal, dizia precisar de um grande exército.
E o que tem isto a haver com o Valentim?? Tem…porque o Cláudio achava que impedindo os jovens de casar, os varões estariam mais predispostos a alistar-se na tropa…e porque o Valentim, lá está, às escondidas continuava a casar os pombinhos. Ah! E além de ser columbófilo, o Valentim também casava pessoas. Ora, o Cláudio era um tipo mimado e, quando descobriu que o contrariavam, fez beiçinho. E, num ataque de birrice, mandou despachar o Valentim. Posto isso, e porque não há santo que seja santo sem estar morto, a Igreja resolveu elevá-lo a santo e, só muito tempo depois, associou-se o Dia de São Valentim (dia 14 de Fevereiro) ao Dia dos Namorados…
Muito bonito, hein!? Pois, é giro…mas esta elevação do Valentim a santo cheira-me a esturro…até pelo que se fala hoje em dia acerca do casamento entre pessoas do mesmo sexo, coisa a que a Igreja não acha grande piada. Se actualmente é assim, há muitos anos atrás, um casamento entre dois homens ou duas mulheres devia ser tão concebível como pôr a Terra a girar à volta do Sol…E isto de evitar casamentos e mandar homens jovens e atléticos empilharem-se em tendas frias, seria de desconfiar…O Valentim apercebeu-se disso e tratou de amenizar a tragédia até o Cláudio (Ramos!?!) dar com a marosca e mandá-lo p’rá cadeia (lá está…) antes de o enforcar e do póstumo reconhecimento pela Igreja com a promoção de padre a santo…E olhem que isto de ser santo parece ser uma grande coisa. Ser santo é qualquer coisa como ser general da igreja, sendo Deus uma espécie de presidente e o Papa um capitão, ou assim...Ou seja, um santo já racha lenha e só responde perante Deus, o tal presidente...P'ra que vejam o alívio que se instalou nas hostes clericais...
Por outro ponto de vista, ainda mal e ainda bem que este dia já passou. Ainda mal porque já acabou o intervalinho sob a forma de almofada “I Love You” de que muita gente usufrui neste dia, entre uma lambada nas ventas e duas ou três vergastadas de cinto. Ainda bem, porque voltamos a ter montras normais e vou conseguir parar de traduzir compulsivamente a frase “Be My Valentine” para português de cada vez que a vejo…Tu que andas por aí algures, se fazes favor, nunca digas que queres “ser a minha Valentina”…Yikes!! E é se queres, hein!?!