Sábado passado, na revista que acompanha o Jornal de Notícias, li uma pequena notícia que me deixou preocupado…O periódico dava conta do progressivo desaparecimento dos bidés nas casas-de-banho espanholas e justificava o facto com o crescente desinteresse de nuestros hermanos com o reforço de higiene que este equipamento pode proporcionar. O que me preocupa não são os hábitos de higiene dos espanhóis até porque, eu próprio, não me lembro de utilizar um bidé sem ser para depositar revistas e jornais que me acompanham durante o muy nobre acto de defecar…Posso até compreender a medida descrita pela notícia porque, eu próprio (mais uma vez…) sou incondicional fã do duche integral, o que tende a tornar dispensável um dispositivo onde tomar banho exige artes acrobáticas e contorcionistas que não estão ao meu alcance…
No entanto, o facto de compreender esta medida não significa que a aplauda. Custa-me, até, testemunhar a subtracção dos bidés das casas-de-banho por esse mundo fora. Porque o bidé é uma espécie de Presidente da República das casas-de-banho. Está lá, mas não serve para muita coisa. Porém, à força de existir à tanto tempo (o bidé e o cargo…), tornaram-se ambos figuras incontornáveis das nossas vidas…Nem que se limitem a ser porta-revistas e assinantes compulsivos de diplomas legais…