Este blog não vai mudar de indumentária...Por aqui vão continuar a encontrar (brevemente, com maior frequência...) algumas das maiores idiotices que possam imaginar...Mas estive a falar com o em-fumeiro e ele cedeu-me este bocadinho para que eu, também só por um bocainho, possa falar...
Obrigado, em-fumeiro!!! És o maior! Gostava de ser como tu mas, como isso ninguém consegue...limito-me a tentar...:).
E digo coisas destas....
"Não sei se algum dia chegarás a ler estas palavras….Talvez sim, porque mais tarde ou mais cedo, acabarei por empurrar-te até aqui. Porque é isso que desejo que saibas…mesmo que ainda não saiba o que escrever, sei o que quero traduzir desta língua estrangeira que falo e que pareces não conseguir/querer entender…
Pensei em escrever-te uma carta. Um pequeno manuscrito que passaria apenas pelas minhas e depois pelas tuas mãos. Mas ninguém lê a minha letra, não é verdade? E a caneta arde nos meus dedos e deixa um rasto flamejante que pode queimar as tuas mãos…E as tuas mãos não existem para ferir mas sim para ser tomadas noutras mãos…mãos que as segurem, que as apertem e acariciem e que te ajudem a trilhar a vontade…A tua vontade e a vontade que gostaria que fosse a minha…
Podia perder uma vida a descrever a acção das frentes frias e quentes que convergiram para originar a brisa subtil por onde tudo começou…Mas não o vou fazer porque a brisa, porque é brisa, é apenas uma meiguice agradável, um abraço que chega e parte sem que se dê por ele, sem que haja tempo de construir afeições…Pior (ou melhor??) é quando ela se torna num vendaval e é no meio dessa tempestade que me tenho aguentado.
Cheguei a perguntar por aí se alguém teria o número de telefone do JC porque tenho muitas dúvidas e pensei que ele fosse a pessoa indicada para me ajudar…Mas, apesar de toda gente conseguir falar com ele (excepto eu…), a partir de certa altura preferi virar-me para ti. Mas tu, não só não amainaste o tempo, como ainda me fechaste o guarda-chuva. E começou a doer-me a cabeça, o corpo e a alma. Durmo pouco e cada vez menos, espero por uma palavra tua que, ao chegar, é um bálsamo, ainda que seja para me insultar naquele jeito desembestado mas adoravelmente delicioso. Não que goste de ser maltratado mas já não sei se esta maleita será uma simples gripe ou algo que não vem nos livros de Medicina …Quer dizer, eu acho que sei….mas tu lês demais e esta minha enfermidade não compreendes, ou fazes por não compreender…
E, entretanto, vou sonhando…Sonhando com o dia de amanhã…com brisas tempestuosas, com grãos de areia a escaldar debaixo dos pés, com o canto do mar em pano de fundo, com a comida a arrefecer no prato e as palavras em hora de ponta que nunca mais se escoam…
Mas, és tu que dizes que pouco importa pensar e que o mais importante é sentir…
E eu acrescento que prefiro arrepender-me de algo que faça, do que de algo que nunca cheguei a fazer…
Porquê privar-me do que há de mais belo?"
Pensei em escrever-te uma carta. Um pequeno manuscrito que passaria apenas pelas minhas e depois pelas tuas mãos. Mas ninguém lê a minha letra, não é verdade? E a caneta arde nos meus dedos e deixa um rasto flamejante que pode queimar as tuas mãos…E as tuas mãos não existem para ferir mas sim para ser tomadas noutras mãos…mãos que as segurem, que as apertem e acariciem e que te ajudem a trilhar a vontade…A tua vontade e a vontade que gostaria que fosse a minha…
Podia perder uma vida a descrever a acção das frentes frias e quentes que convergiram para originar a brisa subtil por onde tudo começou…Mas não o vou fazer porque a brisa, porque é brisa, é apenas uma meiguice agradável, um abraço que chega e parte sem que se dê por ele, sem que haja tempo de construir afeições…Pior (ou melhor??) é quando ela se torna num vendaval e é no meio dessa tempestade que me tenho aguentado.
Cheguei a perguntar por aí se alguém teria o número de telefone do JC porque tenho muitas dúvidas e pensei que ele fosse a pessoa indicada para me ajudar…Mas, apesar de toda gente conseguir falar com ele (excepto eu…), a partir de certa altura preferi virar-me para ti. Mas tu, não só não amainaste o tempo, como ainda me fechaste o guarda-chuva. E começou a doer-me a cabeça, o corpo e a alma. Durmo pouco e cada vez menos, espero por uma palavra tua que, ao chegar, é um bálsamo, ainda que seja para me insultar naquele jeito desembestado mas adoravelmente delicioso. Não que goste de ser maltratado mas já não sei se esta maleita será uma simples gripe ou algo que não vem nos livros de Medicina …Quer dizer, eu acho que sei….mas tu lês demais e esta minha enfermidade não compreendes, ou fazes por não compreender…
E, entretanto, vou sonhando…Sonhando com o dia de amanhã…com brisas tempestuosas, com grãos de areia a escaldar debaixo dos pés, com o canto do mar em pano de fundo, com a comida a arrefecer no prato e as palavras em hora de ponta que nunca mais se escoam…
Mas, és tu que dizes que pouco importa pensar e que o mais importante é sentir…
E eu acrescento que prefiro arrepender-me de algo que faça, do que de algo que nunca cheguei a fazer…
Porquê privar-me do que há de mais belo?"
J.
1 comentário:
Não percebi bem quem escreveu isto... mas que soa bem, soa.
Nunca deixar de fazer algo por medo ou receio, nunca deixar de sentir porque mais vale isso do que depois nos magoarmos...
Viver em pleno e abraçar os sentimentos como o pão que comemos ou a água que bebemos. Sentir a areia, ver esse mar... é tudo o que de melhor a vida me pode dar. Anseio o dia em que volte a partilhar tudo isso com alguém. Até lá... vou aproveitando cada brisa, cada gota de chuva, cada sorriso, à minha maneira.
É bom sair acompanhada... :)
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